terça-feira, 30 de junho de 2009

A Saga #ForaSarney

Pra quem ainda não viu, está acontecendo um movimento [por que não?] político no Twitter intitulado #ForaSarney. A ação desta segunda-feira foi encabeçada pelos “Piratas do Twitter” (@twpiratas), grupo formado, de início, por @pedrotourinho, @felipesolari, @bgagliasso, @Junior_Lima e acredito que @mionzera. É um grupo aberto. Você também pode ser um pirata.

Bom, o que eles querem? A meu ver, estão buscando a união, inicialmente, dos twitteiros, na tentativa de chamar a atenção do mundo para a situação política do nosso país. E estão utilizando um meio, até então tido como “ode à futilidade” – nas palavras de Pedro Neschling –, para um fim muito mais válido.

Acredito eu, que, indignados com as palhaçadas do campo político brasileiro em geral, eles resolveram dar um gás na campanha que, pessoalmente, tomei conhecimento através do @rafinhabastos: o movimento #ForaSarney. Não seria essa iniciativa louvável?

Então por que existiu tanta crítica? Tanta polêmica? Como algumas pessoas podem ter se posicionado contra esse movimento? Dizer que os “Piratas” eram um bando de famosinhos querendo aparecer é absurdo! Ainda assim, e se fosse esse o caso? Pelo menos eles estão aparecendo por um bom motivo! E não por mandar um hollywoodiano “chupar”.

Ora, quem se importa com o que aconteceu na brincadeira com Ashton Kutcher? De que interessa quem começou com essa história de #chupa? A questão não é mais essa. A coisa é séria. Não é uma disputa de quem chega ao primeiro lugar dos TT. Muito menos de quem ganha mais atenção do @aplusk. Pelo menos não deveria. Não sei por que ainda me surpreendo, mas é impressionante como brasileiro só sabe se unir pro que menos importa.

Confesso que não gosto de política. Nunca participei de nenhum movimento. Sempre anulo meu voto. E não me orgulho de dizer que sou mais uma brasileira apática e comodista da nossa geração, que pode não gostar das coisas como estão, mas que também não move um dedo pra mudar.

Mas me sinto na obrigação de dizer que considero a ação dos "Piratas" perfeitamente válida. Principalmente se considerarmos a inércia da atual geração, da qual, como já disse, não me excluo. Mas admiro aqueles que estão se mobilizando. Parabenizo os “Piratas” pela atitude que tiveram. Acredito na força da união do povo e na capacidade de mudança.

É só olharmos pra trás que constatamos o poder que temos quando unidos. Além disso, observamos os avanços tecnológicos, vivemos a revolução – novamente, nas palavras de Pedro Neschling – e, por isso, não há mais tanta necessidade do conflito direto que existiu nos movimentos das gerações passadas.

Podemos fazer diferença mesmo de dentro de casa, sentados de pijama na frente do computador, deitados na cama com um celular na mão. Não importa onde ou como, é possível. E, ainda assim, quanto mais fácil fica de fazermo-nos ouvir, mais nos calamos. Isso é muito triste, se não vergonhoso.

Por isso admiro a ideia dos "Piratas". Pela atitude. Por rejeitar a inércia e agir. Ainda que não concorde com uma ou outra de suas atitudes, foi com prazer que vi a coisa toda acontecendo. Agora, quem quiser participar, participa. Quem não, por favor, fique a vontade para não atrapalhar.

Parabéns de verdade aos Piratas!

E #forasarney!

2 comentários:

Anônimo disse...

É realmente um movimento digno de aplauso, como você disse, a nossa geração tem toda a facilidade para se expressar e mostrar que não gosta do que está acontecendo e mesmo assim se cala, se fecha. Enquanto isso, em um tempo onde não havia liberdade de expressão, as pessoas se uniam para lutar pelos seus direitos.

torres disse...

antes quando era mais dificil se expressar e reclamar pelos ideais, as pessoas davam seu jeito, e conseguiam... hj com essa facilidade tda, as pessoas parecem menos interessadas em brigar por algo. uma pena