quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Café ou Chocolate Quente?


Estressado e irritado, passando em frente à cafeteria perto de sua nova casa, decidiu entrar e relaxar um pouco. Nunca havia parado ali. Mas precisava esquecer o terrível dia que estava tendo, antes de chegar em casa. Desejou ter um bom livro no carro. Poder escapar desse mundo, nem que fossem por alguns minutos...

Conseguir uma vaga não foi tão difícil, pelo menos. Conformando-se com o jornal que repousava no banco do passageiro, entrou e foi direto ao caixa. Pediu seu café expresso e procurou um lugar para sentar. Claro que não havia. Enfim, seu dia não estava para brincadeira. Até simples coisas, como tomar um café, poderiam tornar-se difíceis, dentro daquelas 24 horas.

Com a bandeja nas mãos, olhou ao redor, em busca de uma solução. Em uma mesa ao lado de uma pequena palmeira, bem na janela, uma mulher sentava sozinha, lendo um livro. Reconhecendo sua única opção, encaminhou-se à mesa, timidamente, e pigarreou.

- Hum-Hum, licença... Será que eu poderia sentar aqui? É que todas as mesas estão ocupadas...
- Ahn... Claro. - respondeu, com um meio sorriso.
- Obrigado. – sorriu o homem, sentando-se e olhando para o livro nas mãos dela. – “A Menina que Roubava Livros”. Esse livro é muito bom.
- É... eu sei. Na verdade, é a segunda vez que leio. Acho que é meu preferido. - disse, em um tom que encerrava a conversa, e voltou para sua leitura.

Ele ficou ali, tomando seu café expresso e lendo o jornal. Vez ou outra, desviava o olhar das notícias do mundo, para dar uma espiada na sua companheira de leitura daquele início de noite.

Era uma mulher muito bonita. Com um corpo, até onde se podia ver, na medida certa. Parecia ser alta. Pernas longas, ligeiramente torneadas. Seios lindos, e muito bem aproveitados em um generoso decote, onde se escondia um pingente, pendurado no final de uma fina e provocante corrente. Tinha os cabelos castanhos e cacheados, um pouco acima dos ombros, que emolduravam perfeitamente seu rosto inocentemente astuto (se é que isso poderia existir). Seus grandes olhos âmbar tinham um quê adocicado e decidido, e brilhavam, alimentando-se das palavras que dissera serem suas preferidas. Em sua boca carnuda e rosada, um sorriso brincava, querendo aparecer, mas se escondendo, como para provocar aquele homem a ficar ali, esperando que ele enfim resolvesse mostrar-se.

A verdade é que, vez ou outra, ele conseguia desviar o olhar daquela mulher, para dar uma espiada nas notícias do mundo. Ainda assim, sem conseguir absorver qualquer palavra. Estava hipnotizado. Aquele dia, definitivamente, estava decidido a ser o mais problemático de sua vida.

Em um movimento incerto, ela virou um pouco a xícara à sua frente, para constatar seu conteúdo vazio. Olhou em volta, aparentemente procurando uma garçonete, marcando a página e fechando o livro. Ansioso, ele não resistiu.

- Você quer mais café?
- Oi? Er... não. Era chocolate quente. Do café, eu só gosto do cheiro. E muito. – Riu-se, corando um pouco.
- Só do cheiro? – Perguntou ele, desesperado pra manter a conversa, mesmo que aquilo o incomodasse um pouco.
- Ahã. Sou apaixonada pelo cheiro de café. Pena que o gosto não fique à altura. Odeio o amargo que fica, no final. – completou, com uma careta graciosa. Essa mulher parecia conseguir juntar, em si, adjetivos totalmente opostos com muita facilidade.

A garçonete apareceu, e ela pediu um pão de queijo, junto com o novo chocolate quente. Então, virou para o homem com quem dividia a mesa, e perguntou:

- Você não vai querer mais nada?
- Ahn, claro. Eu vou querer um... – começou, analisando o cardápio que a garçonete trouxera, rapidamente – um folhado de queijo e presunto, e... acho que também vou de chocolate quente. É, é isso. Por favor.

A garçonete se afastou, e, quando ele olhou para a mulher ao seu lado, ela estava olhando para suas mãos em cima da mesa, com um sorriso curioso. Ele ficou intrigado, e levou suas mãos, rápida e inconscientemente para debaixo da mesa, onde começaram a suar, nervosas. Ela levantou os olhos para ele.

- Esse chocolate quente é viciante. Você nunca mais vai querer saber do café.
- Espero que isso não aconteça... Eu amo café. Meu relacionamento com ele vem de anos. Acho que ele não vai suportar se eu o trocar pelo chocolate, a essa altura da vida. – O que ele estava fazendo??
- Hum, isso é perigoso. Ninguém aqui vai querer magoar o café. Acho melhor você trocar seu pedido...

Mas ele não trocou. Tomou o chocolate. Conversou com aquela linda e interessante mulher por algumas horas, finalmente esquecendo o dia que tivera. Até que seu celular tocou e ele sentiu-se obrigado a ir para casa.

Nunca mais voltou àquela cafeteria, ou encontrou a Mulher-do-Chocolate-Quente. Mas toda vez que o pedia, ao invés do seu habitual café, sentia uma pontada de culpa, como se aquilo significasse, na verdade, que estivesse traindo sua esposa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Baseado em fatos reais


Obs: A escolha da música não é minha. É da vida.


Sentada nas pedras, Luísa nem via ou ouvia o mar. Seus olhos estavam voltados a um passado distante. Fragmentos da vida saltavam a sua frente, nublando toda a beleza da praia diante dela. O único som que ouvia era o de suas recordações. As ondas silenciosas pareciam querer respeitar aquele momento dela... Só dela.

Luísa visitava cada lembrança que julgava tê-la levado àquele momento. Aos 20 anos, quando conheceu, amou e deixou Rodolfo, naquela cidade tão longe da sua. Seus dois casamentos. O primeiro sem amor. O segundo, tão difícil, que fez por diluir o amor que existira. Os três frutos desses casamentos. Suas três razões de vida e fontes de força. Assim como seus três motivos para deixar Rodolfo tantas outras vezes.

Como foi bom reencontrá-lo depois de tantos anos. Como foi providencial que seu trabalho a levasse tantas vezes ao encontro do seu amor. Como foi doloroso deixá-lo todas as vezes... A despedida é sempre muito difícil. Principalmente quando se trata de alguém de braços e coração tão abertos para receber aquela que tanto ali queria estar.

Mas Luísa sabia o que era mais importante para ela. Garantir que seus filhos tivessem tudo o que lhes pudesse oferecer, até que pudessem conseguir por si mesmos, não era apenas uma opção. Era a única opção. E se, para isso, tivesse que abrir mão de seu grande amor, que assim fosse. Nenhum amor era maior que o que tinha por suas “crianças”.

E o tempo, impiedoso e irredutível, passou. Suas eternas crianças seguiram seus caminhos. Com seus próprios amores ou não, foram atrás das pedras com as quais construiriam seus futuros. Sentiu o medo e o orgulho de ver cada um deles indo embora, moldando seu destino. Todos longe dela. Sempre ouvira de sua mais nova que as mães criam os filhos para o mundo, e não para si. Sentiu o peso da verdade daquelas palavras.

Claro que Luísa não se arrependia de qualquer passo que tivesse dado na vida. Havia feito sua escolha conscientemente. Mas nem isso a impediu de sentir o vazio e a dor de se ver só, sem seus filhos...

A essa altura, as lágrimas haviam imposto sua companhia àquela senhora sentada à beira da praia, reforçando a cortina que a impedia de ver toda beleza à sua frente. Ao mesmo tempo, ouvia os passos que esperava.

- Triste, meu grande amor? – perguntou ele, colhendo suas lágrimas.
- Transbordando felicidade. – respondeu Luísa, olhando para aquele rosto envelhecido e lindo que tanto amava, e sentindo o prazer de tê-lo tão perto e tão seu. – Foi difícil, não foi?
- Ah, minha grande Luísa – começou Rodolfo, aninhando seu velho e eterno amor nos braços – eu faria até o impossível pra chegar aqui.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Selo, Mombojó e Justificativa.

Como já diria nosso amigo Jack: vamos por partes [Tá, eu não resisti. Precisei dizer isso. Foi mal =xx].

Primeiro, eu gostaria de informar-lhes que, sim!, o Maravilhoso Mundo de Lia recebeu o seu segundo Selo! Foi um presente dado pela Bêe Rodrigues, do Querido Diário. Muito obrigada, Bêe!



Eu confesso que criei o MML pra mim, pseudônima-aspirante-a-blogueira. Um espaço meu, pra mim mesma. E é tão bom ver que esse meu pequeno mundinho agrada vocês. Dá um orgulho danado de ver minhas palavras e ideias, meu interesses e gostos sendo apreciados.
Prometo me esforçar pra fazer esse espaço ficar cada vez melhor. xD

Meus indicados são:

Resenhas Íntimas
Pá Trakuilo
Nada se cria... Tudo se copia

Pode ser só três? To tão sem coragem, hoje... [vide final do post]

* * * * *

Agora, mais música!
Meus queridos, apresento a vocês: Mombojó!


Conheci a banda em 2005. Uma amiga, que sempre sabe o que me mostrar [é impressionante como ela sabe o que eu vou gostar], mandou "Adelaide", "O Céu, o Sol e o Mar" e "Deixe-se Acreditar". Por isso fiquei entre essas três músicas, na hora de escolher o vídeo que vinha pra cá.
Como "Deixe-se Acreditar" representou muito bem a minha vida, no final de 2005/início de 2006, ganhou. :}
Enfim, pra quem não conhece, não perca mais tempo! Pra quem conhece, aproveite! :D
Aqui, você pode baixar os dois álbuns já lançados.
Divirta-se.

Nada de Novo (2004)
1. Cabidela
2. Deixe-se acreditar
3. Nem parece
4. Discurso burocrático
5. A missa
6. Absorva
7. O céu, o sol e o mar
8. Adelaide
9. Duas cores
10. Estático
11. Merda
12. Splash Shine
13. Faaca
14. Baú
15. Container


* * * * *

Por fim, quero dizer que to doente.
Já tenho um texto quase pronto, numa folha de papel. Mas ainda não tive forças pra digitar (já sou a preguiça em pessoa, doente então!).
Fora que esse post já tava quase completo, né?
Prometo que o próximo será um texto meu. =)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Homens Com Barriga

O texto de hoje não é meu.
Recebi por e-mail. Aliás, do meu pai (deve ser porque ele tem uma senhora barriga).

Enfim. Segundo as informações do e-mail, o texto é de Carla Moura (Psicóloga, Especialista em Sexologia e Terapia de Casais).

Vamos ao que interessa.

Meninas de todo o Brasil, tenho um conselho valioso para dar aqui: Se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute!

Na próxima vez que encontrá-lo, tente (disfarçadamente) descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo 'tanquinho', fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim. Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta.

Veja bem, não estou falando daqueles gordos suados, que sentam horas na frente da televisão com um balde de frango frito, e que, quando se abaixam, mostram aquele cofrão. Não!

Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo, acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto.

E eu digo por quê. Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma - e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os 'tanquinhos' farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem.

Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou Coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco ou coca-light. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com 'clight' que trouxe de casa. E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação.

E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar. Você nunca irá ouvir um 'ah, amor, 'Quarteirão' é gostoso, mas você podia provar uma 'McSalad' com água de coco'. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará seu relacionamento.

Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis! Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!!!

Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar.

É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz!


Complementando, ninguém vai querer um Homer Simpson da vida. Mas, fala a verdade, quem encara um Johnny Bravo? Deusulivre!

O negócio é achar o meio-termo.
É, minhas amigas. Boa sorte.

sábado, 15 de agosto de 2009

Tudo Foi Feito Pelo Sol

Decidi que, enquanto não bate aquela inspiração de me arrancar da cama pra escrever [quase todos os meus textos nasceram assim. Inclusive essa ideia nasceu assim], eu vou postar vídeos de música, em sua maioria. Mas também pode rolar qualquer coisa por aqui. =)

O vídeo de hoje é Deixe Entrar um Pouco D'água no Quintal, dos Mutantes


Foi um pouco difícil escolher essa música.
Eu tinha decidido colocar alguma coisa do Tudo Foi Feito Pelo Sol, mas esse álbum é tão foda [nenhuma palavra expressaria o que eu sinto por esse álbum tão bem bem como essa, desculpa], que é difícil pensar em "alguma coisa" pra mostrar. Por mim, colocava todas as músicas aqui.
Ao invés disso, presenteio vocês com a primeira faixa do disco. O resto é com vocês.
E o resto, meus queridos, vale muito!
É o meu álbum-preferido-de-todos-os-tempos, ultimamente.

Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974)
1. Deixe Entrar um Pouco D’Água no Quintal - 5:03 - (Sérgio Dias / Liminha / Rui Motta)
2. Pitágoras - 6:56 - (Túlio Mourão)
3. Desanuviar - 8:13 - (Sérgio Dias / Liminha)
4. Eu Só Penso em te Ajudar - 4:58 - (Sérgio Dias / Liminha)
5. Cidadão da Terra - 5:35 -(Sérgio Dias / Liminha)
6. O Contrário de Nada É Nada - 2:58 - (Sérgio Dias / Túlio Mourão)
7. Tudo Foi Feito Pelo Sol - 8:46 - (Sérgio Dias)


Não tem o Tudo Foi Feito Pelo Sol? Quer baixar?
Clicando aqui, você vai pro RapidLibrary, um serviço que faz busca pelos arquivos hospedados no RapidShare.
Eu sei, eu sei... De nada. Hehehehehe :}

terça-feira, 11 de agosto de 2009

S.A.C.

- Sentimentos Ilimitada. Rosana. Bom d...
- Argh, não me venha com "bom dia", Rosana! Guarda essas coisinhas felizes pra quando a imbecil da Cinderela ligar!
- Desculpe, senhora. Em que posso ajudá-la?
- Tu podes começar dizendo onde é que desliga essa bosta de amor que vocês criaram! E então? Onde é?
- Perdoe-me, senhora, mas não creio que o que a senhora deseja seja possível.
- Pois é bom começar a crer, Rosana. Eu não to de brincadeira. Não aguento mais esse negócio, e quero desligar agora.
- Senhora, não é assim que nós funcionamos. Não existe um botão que desligue um sentimento.
- Ah, não tem botão?
- Não, senhora.
- Manual de instrução?
- Não, senhora.
- Quer saber, Rosana? Já deu pra ver que eu não vou conseguir resolver meu problema contigo. Eu quero falar com o responsável. Não, eu quero falar com o chefe do responsável! Melhor! Põe Deus no telefone.
- Tudo bem, senhora. Vou ver o que posso fazer. - Tã-nananã-tã-tã-tananananã, Sentimentos Ilimitada. Criando sentimentos desde a-perder-de-vista a.C. Proporcionand...

- Cristiano, Gerente-Geral. Em que posso ajudar?
- Gerente-Geral?? Meu querido, eu quero falar com Deus.
- Receio que ele esteja um pouco ocupado no momento, senhora. Mas tenho certeza que nós poderemos estar resolvendo o seu problema, tranquilamente.
- Meu bem, a não ser que você tenha a merda do botão que desliga essa praga de amor que vocês criaram, me ponha pra falar com Deus, imadiatamente! E sem musiqunha ou propaganda!
- P-pois não, senhora.

...

- Olá, Maria Lia. Qual é o seu problema, minha filha?
- Deus? Ai, Deus, o meu problema é que vocês criaram uma coisa que, além de eu não ter a menor ideia do que fazer com ela - porque vocês nem sequer disponibilizam um manual de instrução -, eu não posso desligar. E eu quero desligar. Eu preciso desligar!
- De que sentimentos estamos falando, minha querida?
- Do Amor!
- Ah... Claro. Qual deles?
- Tem vários?
- Claro, querida. Nós amamos cada um de uma forma diferente.
- Pensei que amor fosse amor. Tudo igual. Tudo difícil.
- Esse é um tipo. O difícil. Então, é dele que estamos falando?
- É. É do difícil. Daquele que não te deixa dormir. E quando deixa, ele aparece no sonho, e te ilude. Te faz sonhar com coisas lindas, e depois chorar, quando o sonho acaba e tu acordas. É daquele que dói. E eu não gosto disso, Deus. Não gosto. Não quero mais. Por favor, desliga isso?
- Sinto muito, minha filha, mas não posso fazer isso.
- Como não?! Deus pode tudo.
- Não isso.
- Então o que eu faço com esse amor?
- Gasta. Esse é do tipo que acaba, minha querida.
- Acaba?
- Acaba.
- E demora muito?
- Não mais do que você possa aguentar.
- Promete?
- Prometo.
- Hunf... Então vou ter que esperar.
- Receio que sim, minha filha. É difícil, eu sei. Mas você ainda vai nos agradecer.
- Com todo o respeito, Senhor, eu duvido. Mas é o jeito. Te contrariar é que eu não vou.
- Hahaha. Eu diria que é mais sensato não contrariar, mesmo...
- Então tá, Deus. Vou tentar gastar esse negócio.
- Muito bem, minha filha. Muito bem.
- Ah! Só mais uma coisinha, Deus. Acho que seria bom repensar o cargo de alguns funcionários. Aquele Cristiano é meio frouxo pra um Gerente-Geral, sabe?


* * * * *

Vídeo de hoje: Falso Retrato (U-Hu), de Móveis Coloniais de Acaju


Primeiro, porque cabe na situação do texto.
Mas, principalmente, porque eu não tenho palavras pra explicar como eles são ótimos, ou o quanto o show deles, no último sábado (08/08), foi incrível!
E ainda ficaram ali, depois do show, conversando com todo mundo. Atenciosos e simpáticos, que só eles!

Se vocês não conhecem, procurem conhecer, logo! Vale muito à pena.
Você pode baixar o álbum C_mpl_te, aqui, pelo Trama Virtual.

Apaixonem-se, como eu, por esses distintos rapazes de Brasília.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Primeiro Selo! o/

Ahh, meus poucos, mas muito queridos, amigos blogueiros, o Maravilhoso Mundo de Lia recebeu hoje seu primeiro selo! (Esperemos que primeiro de muitos, sim? =XX)

Queria, primeiro, agradecer ao Lucas Alsil, do novíssimo Buraco Surdo [vale ressaltar que é novíssimo, mas já tem seus selos. Dá-lhe Lucas! :D], que indicou o selo para este humilde blog. Além dele, seria injusto que eu não falasse da Tay Freitas, do Come With Me, que foi o meu primeiro motivo de orgulho, com esse blog. Brigada, Lucas e Tay. :D

Agora, o Selo:



E ele vai para...

S c h r a u b l e s

Música, Luar e Sentimento

Jogando Conversa Fora

Come With Me

Diy For Vixens

Então é isso.
Que orgulho! *.*

Até. =)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O Rei do Artifício

E então, depois de semanas sem notícias tuas, eu te encontro. Sem querer. Sem prever. Te vejo, e rápido desvio o olhar. Mas não a tempo de desviar o caminho. Tento ignorar o palpitar desenfreado do meu coração. Vou ao teu encontro. Evito teus olhos. Tu me abraças. E fica difícil, estando ali, lembrar os motivos pra não acreditar naquele abraço. Começo a pensar no quanto quis que fossem abraços sinceros. E antes de me perder por esse caminho, consigo me desvencilhar dos teus braços.

Ainda com medo dos teus olhos, digo qualquer coisa sobre sair dali, fugir de ti. Não, tenho certeza que não disse isso. Espero ter dado uma desculpa convincente pra não ficar ali, e me perder nas tuas mentiras. E, lutando contra essa força que não consigo entender de onde vem, me afasto de ti. Mas a força não me deixa. Indica a tua direção pra cada célula do meu corpo. Meu GPS biológico concentrado em ti.

Tento me enganar, fingindo que o longe é o que quero. Meus olhos me traem, à tua procura. Busco motivos pra diminuir a distância. O suficiente para, ao menos, te ver. Engano-me, mais uma vez, convencendo-me de que isso me bastaria. Brigo comigo. Qual o sentido em evitar que tu me enganes, se eu mesma não canso de fazer isso comigo?

Mantenho a distância. E o sorriso, praqueles que mal percebo ao meu lado. Acompanho conversas, sem notar. Meus pensamentos me levam pra onde tu te encontras. Odeio meus traidores olhos. Canso de lutar contra mim mesma. Deixo que meu corpo me guie. Finalmente, te encontro.

Te olho, de longe. Ignoro todo o resto. Desisto dos sorrisos. Das conversas. Só te vejo. Procuro qualquer motivo pra acabar com aquele resto de distância. Maldigo tudo que ousa nos separar. Invejo aqueles que podem te tocar. Desejo que tu me procures. Sinto a dor de lembrar que só eu te procuro.

Concentro-me nos sorrisos e conversas. Tento te guardar no fundo dos meus pensamentos. Em vão. Não parece haver mais espaço em minha cabeça, que não pra ti. Resolvo, mais uma vez, te deixar dominar minhas ideias. Acabo ao teu lado, ainda sem coragem de encontrar teu olhar. Finjo que aquela proximidade nem chega e se fazer perceber. Atuo. Consigo sorrir e conversar com todos. Menos contigo.

Te perco. Disfarço meu desespero por ti. Retomo as conversas. E, do nada, como para me pegar em uma armadilha, tu surges na minha frente. Teus olhos conseguem me prender. Não sei mais o que ou com quem falava. Repito uma palavra qualquer, para uma pessoa qualquer. Como um eco de uma frase perdida. E teu olhar promete tudo. E eu esqueço que tais promessas nunca foram cumpridas. Esqueço que elas duram uma noite e me atormentam por semanas. Então, como uma criança, apego-me ao teu olhar de promessas com todas as minhas forças. E me perco.

Eu queria tanto entender como tu consegues mentir tão bem com os olhos...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Juro que isso aconteceu


- Nem sabes. To apaixonada!
- Por quem?
- Pelo Pedro Neschling.
- Quem!?
- O Pedro Neschling, Cá! Ele é liindo!
- Lia, tu só podes ser completamente maluca.
- Nãão, Cá. Já viste o blog dele? Ele é tão... tão igual a mim!
- Igual a ti?
- Éé! Ele pensa meio parecido comigo. Diz coisas que eu poderia perfeitamente ter dito. Se é que eu já não disse. E tem pavor de agulha!
- E por ter pavor de agulha vocês são almas gêmeas?
- Almas gêmeas, eu não sei... Teria que conhecer. Mas ele também gosta de números espelhados!
- Lia, presta atenção... Ah, que seja! Não que eu acredite que, se ele fosse solteiro, tu irias até o Rio de Janeiro atrás dele... Mas ele não é casado?
- A-há! Adivinha? Não mais! Ele tá solteiro, cara amiga! E eu sonhei que a gente ia pro Rio. Eu e tu. E a gente conhecia a minha nova paixão. Bora?
- Hahahahahaha. Bora. Quando?
- Janeiro?
- Janeiro.
- Certo. O problema da distancia tá resolvido. Agora, a gente tem que arrumar um amigo dele pra ti.
- Gosto da ideia.
- Será que ele é amiguinho do Cauã?
- Reymond?
- Claro.
- Pode até ser. Mas esse tem a Grazi. E é a Grazi, Lia.
- É... não dá pra competir com ela. Ó, futricando o twitter dele, eu notei que ele parece ser amicíssimo do Tico Santa cruz.
- Mas o Tico Santa Cruz?
- É verdade.. ele não é teu estilo... Ah, Cá, a gente resolve isso depois. Bora ver passagem.
- A TAM tá com promoção. R$464,90. Ida e volta.
- Comprando.
- Ok.



É, às vezes eu surto, e me apaixono por pessoas famosas.
Pelo menos, dessa vez, isso me rendeu uma viagem pro Rio. o/
Me aguarde, Pedro Neschling! HAHAHAHAHA

* * * * *

A foto lá de cima, eu tirei do Ensaio que ele fez pra revista TPM.