quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Das cartas que eu não mandei.


Mais uma vez, eu me pego escrevendo pra ti. Nem sei mais dizer quantos bilhetes e cartas eu já não tenho aqui, guardados, escondidos ou perdidos. Todos com o mesmo objetivo: extravasar meu sentimento, alimentar a estranha necessidade que eu tenho de ti, de falar, ou fingir que falo contigo.

Por vezes, me perguntei se tudo não passou de um fruto da minha imaginação fértil. Se a nossa relação não foi nada além do ordinário, e eu que te pintei e moldei como o melhor amigo que já tive. Sabe... isso é bem possível. Eu sou meio louca, mesmo.

Por outras, eu tentei me apegar às lembranças. Aos nossos momentos, conversas, brigas e pazes. Aí vem o medo. Um medo absurdo, porque, cada vez mais, eu lembro menos. E eu piro! Temo mais ainda ter te inventado. E me desespero por qualquer indício de que aquilo foi real, e, invariavelmente, busco aquela velha folha de caderno. A única prova física da nossa amizade. E é a ela que eu me apego.

Mas isso não me basta. De nada adianta saber que tenhas sido meu amigo. Lembrar de ti não ajuda. Eu ainda preciso de ti, da tua amizade. E dói saber que ela não mais existe. Que tu não és mais o meu amigo, e não estás mais ao meu lado, como deverias. E é por isso que eu odeio estrelas cadentes. Porque tu, minha estrela cadente pessoal, passaste pela minha vida, e caíste longe de mim. Logo tu, que deverias ser a minha estrela da sorte...

Então, quando eu acho que nada pode piorar o vazio da tua ausência, tu me surpreendes. Te vejo ao lado de alguém que já foi tão passado quanto eu, e, ahh.. isso doeu. Doeu, porque, assim como ela, eu te perdi há sete anos, mas só ela te tem de volta. Isso é tão injusto! E eu juro, amigo, eu juro que não quero ocupar o lugar dela, na tua vida. Ela foi, é e pode continuar sendo a tua namorada. Porque eu fui e só gostaria de continuar sendo a tua amiga. Eu só queria o meu lugar de volta... É pedir muito?

Dessa vez, vou ficando por aqui. Até a próxima carta, meu amigo.

Morrendo de saudades, tua eterna amiga,

Lia.

Porque lembro de ti...:

Versão acústica, porque só tenho humor pra isso, no momento.

7 comentários:

Marcia disse...

Amigaaaaa
Resolve isso mulher !!! Encontra esse cara e fala prá ele o quanto ele te faz falta, o quanto voçê sente falta da amizade dele rsrsrs
Extravasa tudo isso amore, pelo amor de Deus!!!!
beijos saudades de ti , bom te ver por aqui de novo!!!

Carol Matos disse...

Odeio esses pensamentos que traem, que vão e voltam.. saudade indesejadas, dessas que fazem rir, mas depois ferem a alma... Eu te diria pra resolver isso... mas, nunca é tão simples assim.

=*

Marcia disse...

Amiga

Tem um questionário , especial prá ti responder e postar aqui no teu blog...
passa lá prá pegar não esquece..
beijos e bom final de semana

clique documental disse...

Oie vim conhecer seu blog, e quem sabe fazer parceira e tal..rsrs

Olha Lia, eu semrpe disse o que sinto. Mesmo que a gente receba um não! vale a pena, pq pelo menos nos desencanamos de vez. A certeza do não já certa, então, corra atras do sim muié!!!!

bjos

Marina disse...

Fala com ele Lia! Manda as cartas, os bilhetinhos.. Sempre vale a pena lutar por uma velha amizade... E se não der certo, bem, pelo menos você vai ter a certeza de que tentou.

Mariposa disse...

Eu realmente acho que vc devia enviar
entregar estas cartas, as palavras
porque mesmo que doa
quando eh verdadeiro o sentimento, vale a pena
inclusive pra vc se sentir melhor
torco por vc
:)

beijos

Iana disse...

As coisas nunca são tão simples quanto parecem, né?

Mas a única solução para situações inacabadas, depois de um longo tempo de distância, principalmente se for entre amigos, é uma das partes ceder. No caso, você.

Seria ele alguém cujo o coração já bateu mais forte?

É um dos grandes motivos que pode nos fazer relutar em ir atrás. Mesmo que isso seja inconsciente.

Adorei o texto, Lia.

Tô acompanhando...