segunda-feira, 27 de julho de 2009

Joguinho do "To Nem Aí"

Ele

- E aí, Zeca!
- Fala Pedrão! Cadê a Lia?
- Sei lá, porra. Deve tá por aí.
- Pô, pensei que vocês estivessem namorando. A Lia é demais, cara.
- Eu namorando, Zeca? Tá de sacanagem, né, velho?
- Hahahaha, vai saber, meu amigo. Vai saber.

Que negócio é esse de "a Lia é demais"?? Eu sei que ela é demais. Esse filho-da-puta já tá de olho na minha Lils. Pô, mas cadê a Lia?! Ela nem entrou no msn ontem. Será que ela saiu? Mas ela tem me dito toda vez que sai... Será que isso já mudou? Em dois dias? Eu pensei que ela estivesse gostando da gente. Pelo menos parecia que tava gostando... Pior que to afim de ver a minha Lils, hoje. Matar a saudade daqueles cachinhos. Acho que to viciado no cheiro dela. Vou ligar.


Ela

- Bora fazer a unha, amanhã?
- Ai, Cá, o Pedro sumiu.
- Como assim "sumiu", Lia?
- Sumiu, ora! A última vez que a gente se falou foi sexta. Sábado a mamãe me sequestrou, e ontem eu não consegui entrar no msn um minuto sequer! Nem sei por onde ele andou ou o que pode ter feito durante esses dois dias. E nem pra me ligar! Ai, Cá, será que acabei virando mais um lanchinho? Eu tava gostando tanto da gente... E to com tanta saudade daquele barbado. To sentindo uma falta do meu Pê! O que eu faço?
- Ih, Lia... liga pra ele, então.
- Claro que n... - turururu-turururu-tururururuuu - Ahh! É ele, Cá! É o Pê!!


O Joguinho

[Sem demonstrar muito entusiasmo, Lia. Calma] - Alô?
[Alô? Desde quando ela atende que nem telefonista?] - Alô. Oi, Lia. Sou eu. Tudo bem?
[O que aconteceu com o "Lils"?!] - Oi, Pedro. Tudo, e contigo?
["Pedro"??] - Também... Qual é o nome do filme que tu tinhas me dito pra baixar, mesmo?
[É isso que ele quer??] - Hum... Zeitgeist? Era esse?
[É, e eu já baixei. Quer ver comigo?] - É! Esse. Não tava conseguindo lembrar. É Z-E-I-T-G-E-I-S-T, né?
[Não vai nem me chamar pra ver contigo?] - Isso. Tenho certeza que vais gostar. Me avisa q... hum... qualquer coisa...
[Me avisa o que, Lia? Colabora um pouco, pô] - Claro. Ahn... valeu.
["Claro, ahn, valeu"??] - Disponha. Hehehe.
[Não tá parecendo isso..] - Hehehe... Então... Então tá, Li. A gente se fala. Beijo.
[Quê?! Como assim? Só isso!?] - Beijo, Pê. Tchau...


Ele e Ela

Merda.


* * * * *

Já viram a entrevista do Marcelo Adnet no Programa do Jô?
Pois assistam! Tá Incrível!
O AdneTRIP dinibilizou a entrevita completa aqui.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Desmatamento


So Real - Jeff Buckley


- Lia...? Posso entrar?
- Claro, Nando. Entra... É o teu quarto, afinal. - ele entrou e deitou na cama enorme, bem perto de mim.
- Não quero atrapalhar teu sono.
- Hum... Cadê o resto? Ainda tá vendo filme?
- Tá. Eu vim ver como tu estás. - Pressionou seus lábios nos meus. Rápido e suave.
- Eu to bem, Nando. Só um pouco cansada, mesmo... Uma boa noite de sono resolve.
- Então dorme, Li. Eu te acordo mais tarde, pra tu ires pra casa. - E ficou ali, me olhando. Como quem quer velar meu sono. Como se isso fosse o que mais importava.

Eu fechei meus olhos. Minha imaginação, incontrolável e louca, começou a trabalhar em volta de nós dois. Lembrando do último fim de semana. Repassando o nosso primeiro beijo, e tudo o que nos levou a ele. A praia. A lua cheia. As palavras doces e leves, que voavam dele e pousavam direto no meu coração. Palavras, que de repente pareceram criar raízes. Que se transformaram na mais sólida floresta de esperança que meu coração já permitiu crescer. Eu sorri. Abri os olhos e ele ainda estava me olhando. Ele também sorriu.

- Pensando em que, Li?
- No fim de semana... - Fechei os olhos, ainda sorrindo. E ele me beijou de novo. Não tão suave, dessa vez.

Eu continuei meu devaneio de nós dois... Ele me levando pra casa dele, insistindo em me apresentar pros pais dele. "Mas eu quero te apresentar oficialmente", ele disse quando lembrei que já os conhecia. Oficialmente. Não importava há quanto tempo eu os conhecia, eu também queria conhecê-los oficialmente. Nossas mãos entrelaçadas. Um abraço carinhoso e protetor. Quase possessivo. "Olha, pai. Ela é minha, agora". E o meu sorriso bobo, denunciador. Gritando, pra qualquer um, a única verdade dentro de mim. Eu queria ser dele. A floresta de esperança, densa e forte. Real. Espalhando sentimentos por todo meu coração. Firme, como se estivesse ali desde o início. Desde sempre.

- Sabe, Lia... acho que isso vai ser bom. A gente ficando de vez em quando. Curtindo, uma vez ou outra. Vai ser divertido.

E eu fiquei de olhos fechados, com medo que eles me traíssem e revelassem a dor que aquelas novas palavras causavam. Tratores arrancando cada árvore do meu coração pela raiz. E desaparecendo, deixando pra trás o meu, agora, devastado coração de floresta.

terça-feira, 21 de julho de 2009

[Boas] Surpresas da Vida



- Tá tudo bem, Beto?
- Aham...
- "Aham". Agora fala a verdade. O que tu tens?
- Eu... - toca o celular - Rapidinho, Lia. É a Vivian... Oi, amor. E aí? Como foi?

Nossa... O que tá acontecendo? É difícil ver o Beto assim... Será que tá tudo bem com a Vivian? Ele parece preocupado. O que tem os pais dela? É feio ouvir a conversa dos outros, Lia. Pensa em outra coisa. Pensa em outra coisa! Hum... mas num carro fechado e sem música é impossível não ouvir que os pais da Vivian não iam gostar do Beto na casa deles, agora. O que tá acontecendo??

- Alô? Amor? Droga.
- Ela tá bem, Beto?
- Já vou te contar tudo, Li. - Ligando pra Vivian - Só falar com ela, primeiro.

Certo, o que pode estar acontecendo? Será que a Vivian tá grávida? Hum... Pode ser. O Beto aparece de repente doido por um emprego remunerado. Conversa difícil com os pais da namorada. Namorada dizendo que é melhor não sair de casa, nem ele não ir lá agora. Mesmo que a namorada esteja, claramente, chorando. 2 + 2 = 4. Então, no caso: 2 + 2 = Filho. Será?

- Amor? A ligação tá falhando. Amor? Te ligo daqui a pouco, quando parar o carro. - Larga o celular - Merda de Oi! Lia... eu vou ser pai.
- Sabia... Bom, pelo menos já tava desconfiando, com essa conversa toda. Desculpa... eu ouvi. Como vocês estão? Ela contou agora pros pais dela?
- Não tem problema, Li. Eu tava doido pra te contar. A gente tá... bem. Claro que esse início é difícil. Contar pros pais e tudo...
- Claro.
- Mas, depois do baque, a gente tá muito feliz. É um filho, né, Lia? Essa fera vai nascer, e a gente vai cuidar e amar.
- A gente vai, Beto. Amor essa fera vai ter. Tua mãe já sabe?
- Já. Ixi, tá toda babona. Já tá vendo ginecologista e tudo.
- A tua mãe é demais...
- A gente já escolheu os nomes. Júlia ou Lucas.
- Lucas é o nome que eu quero dar pro meu filho. É lindo, né?
- Então são dois Lucas...
- Parabéns, Beto!
- Brigado, Li.

Ain, cara... uma criança! Será que vai ser a Júlia ou o Lucas? Não importa... O Beto vai ser um pai como poucos, eu tenho certeza. E a Vivian! Nossa, que encontro! Duas almas tão puras e lindas! Planejada ou não, essa criança tem tanta sorte! Juntos ou não. Pra sempre ou não. Eles serão Pais. Com "P" maiúsculo! E como tudo que cresce entre eles, essa criança vai ser linda, de corpo e alma. Tenho certeza. É impossível sair algo diferente de um encontro como esse...

- Beto?
- Hãn?
- Parabéns... De verdade!
- Eu sei, Li... Brigado, de verdade.

* * * * *

É sério, "Beto". Parabéns!
Eu sei que vai dar tudo certo. É só o que o mundo pode reservar pra vocês: o certo.
Não vou entrar nessa disputa pra madrinha, mas essa fera vai poder contar comigo, sempre! Assim como tu e a "Vivian".
Te amo.


* * * * *


Sobre o Harry.
Eu vi o filme. Foi, por incrível que pareça, o que eu esperava. Não me surpreendeu. Não me decepcionou. Mas foi lindo! O melhor, até agora. Acho que dessa vez eu fui esperando a coisa certa, então.
Eu ia acabar escrevendo muito sobre o filme, mas [acho que] ontem, achei um blog que descreveu quase que com perfeição a minha opinião sobre o filme.
Caso queiram dar uma olhada, veja aqui. Vale à pena. :D

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Homem consegue ter amiga?

Não sei se vocês conhecem o Manual do Cafajeste. É o blog do "Cafa", um anônimo paulista, com um ponto de vista no mínimo interessante no que diz respeito a essa coisa toda da relação Homem x Mulher (dá uma olhada, que tu vais entender o que to querendo dizer). Descobri seu blog mais ou menos na metade do semestre passado, e, desde então, sou leitora assídua! Não em busca de conselhos ou conhecimento do mundo dos cafas ([in]felizmente, conheço esse tipo muito bem). Mas, sim, pela qualidade dos textos e, tá, mesmo com meu vasto conhecimento sobre tal universo, até que descobri algumas coisas bastante úteis ali.

Enfim, esse post não é uma exaltação ao Cafa. Isso foi só uma introdução para chegarmos ao ponto que gostaria de compartilhar com vocês: Amizade Homem x Mulher.

O Cafa, como em quase todos os assuntos, tem uma opinião bem definida: se a mulher é bonita, não existe; se é feia, pode existir; se for bonitinha e inteligente, ela é a "amiga nebulosa". Meio radical ou machista, não? Mas ele coloca as coisas de uma forma bem simples. Em suas palavras: Eu nunca acreditei muito na amizade homem e mulher. Na minha opinião ela só ocorre quando a mulher é feia, pois se é bonita ou o cara já pegou ou já tomou fora e ai dificilmente rola uma amizade. Porém, há as coitadinhas que até são bonitinhas e inteligentes, mas não têm nenhum sex appeal e ai acabam virando uma amiga nebulosa.

Mas o que diabos seria a "amiga nebulosa"?! Novamente, Cafa explica: Geralmente o cara já ficou com essa garota e o papo foi ótimo, mas a pegada uma grande porcaria. Só que num belo dia ele se encontra sozinho e ai resolve procurar essa amiga nebulosa para dar uns pegas, porém após se encontrarem a ausência de sex appeal da garota faz com que o cara perca o tesão de partir para o ataque e ai ficam como grandes amigos conversando no restaurante. No final da noite ele vai pra casa e soca uma sozinho e a garota vai pra sua com uma grande dúvida na cabeça “O que esse porra quer?”.

Vocês hão de convir que, por mais revoltante que seja tal declaração, ele não é o único homem no mundo que pensa assim. Aliás, ele tem, facilmente, a maioria masculina do lado dele. Homens, minhas caras, são assim. Convivo com uma quantidade quase não saudável deles, portanto posso afirmar isso com toda convicção que me cabe (mais uma vez, [in]felizmente). A realidade é que estou rodeada de amigos homens.

Epa! Mas o que isso quer dizer, afinal? Seria eu a amiga feia/gente boa/inteligente [isso é o mínimo que meu ego pode aceitar de rebaixamento]? A amiga bonita que o cara já pegou ou levou fora? Ou, pior, a nebulosa?! É, às vezes, o Cafa me deixa meio mal, e eu sinto uma necessidade de auto-afirmação irritante.

Acontece que essa classificação-do-cafa, na verdade, parece depender do homem-amigo em questão. Dando uma olhada no meu histórico, consigo me encaixar nos três tipos. Bom... quatro, considerando os subitens "que o cara já pegou" ou "levou fora". Eu disse que era uma quantidade quase não saudável de amigos... Mas, no geral, acho perfeitamente possível. Tenho ótimos amigos.

Alguns que, definitivamente, não parecem me achar bonita (paciência, bom gosto não é pra todos. Hahahaha). Com esses, a relação é extremamente fácil. Sem o constrangimento do fora, ou o embaraço do "Ok, a gente já se pegou". É claro que esse constrangimento ou embaraço pode não existir. Tenho amigos que já fiquei. Tenho amigos que até hoje tentam tirar proveito da amizade. Mas não acho que isso mude algo. Continua a mesma coisa. Pra mim, pelo menos. Por último, o tipo amiga nebulosa. Eu, sinceramente, acho que pego bem. Hahahaha. Acontece que o encaixe nem sempre rola, né? Mas acho que esse tipo de amizade é o mais difícil de existir. Por quê? Bom... a questão é que esse caso deu em merda.


* * * * *


Aqui, você pode ver o texto completo de onde tirei os trechos postados.
E aqui, Cafa no Twitter.

Algumas garotas parecem se revoltar com o Cafa. Mas em sua defesa [ou não], eu acho que, se a gente se conhecesse, as chances de sermos amigos seriam altíssimas. Engraçado, com certeza!
Por enquanto, tudo o que posso fazer é um comentário pessoal sobre seus posts. Espero que ele não se importe de ver suas palavras reproduzidas e comentadas aqui... Dessa vez, pedi permissão. Juro!


* * * * *


UPDATE
20/07/2008 - Um maravilhoso Dia do Amigo a todos os meus amigos! Homens e mulheres! (L)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Livros e Filmes. Filmes de Livros.

Eu já disse aqui que amo livros. O que eu não disse foi que também amo filmes. Mas quer saber o que normalmente me frustra? Livros adaptados pro cinema. Sério, eu não consigo entender o que acontece no processo de produção das adaptações. O cara tem um livro que, depois de noites mal-dormidas do autor e todo um processo de edição, está ali, prontinho. Os leitores se apaixonam por aquelas palavras. Criam um mundo à parte em sua cabeça. Entram nesse mundo, e tchãram!, a magia acontece. Milhões de cópias vendidas pelo mundo. Milhões de mundos diferentes criados em milhões de mentes diferentes. Nossa! É muita magia! Tem como não amar livros!?

Ok, sem perder o foco, resolvi falar sobre o assunto porque estou pra morrer de ansiedade com a estreia de Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Pelas cenas que vi, esse promete ser o melhor filme da série. Na minha opinião, claro. Mas, hoje, lendo algumas notícias do G1, fiquei um pouco apreensiva com uma (veja aqui), em particular, que dizia "Os fãs de carteirinha dos livros de J.K. Rowling, no entanto, precisam ir preparados. Embora a história no fim das contas seja a mesma, o filme tem muitas alterações em relação ao texto original. Diversas cenas são alteradas, algumas são acrescentadas, e outras que muitos considerarão importantes simplesmente desaparecem". Tá, eu já esperava por isso. Principalmente, desde que uma amiga me mostrou uma cena que não faço ideia de onde tiraram. E, eu juro, já li tantas vezes o livro que tenho certeza que lembraria se ela existisse.

Agora, me diz, pra que cargas d'água o cara inventa uma cena?! Eu já acho absurdo alterar certas cenas, imagina inventar! Tá tudo ali!! É só pegar o livro, ver o que mais importa pra sua história e, se for o caso, sua(s) sequência(s), e fazer um roteiro bacana e fiel. Eu sei que não entendo bulhufas de produção de cinema, mas tem como isso ser difícil? Se alguém souber como, por favor, me explique. Quem sabe entendendo eu não me conforme? Seria menos frustrante. Mas, por enquanto, não faz sentido! Porque, não satisfeitos em inventar cenas do mais completo nada, eles cortam cenas do livro! Muito bem, se você tem espaço pra colocar cenas inexistentes, por que não aproveita esse espaço com cenas do livro!? Ninguém concorda comigo que isso faz mais sentido?

Tudo bem, admito que é complicado dar forma a algo tantas vezes imaginado de maneiras diferentes. Como agradar todos os milhões de leitores com seus milhões de mundo? Impossível. Mas ser fiel às palavras que tanto os encantaram seria um bom começo. Manter a essência daquela cena crucial do livro, ou a personalidade dos personagens seria tão mais lógico. Custava o Michael Gambon ser o Dumbledore que todo mundo conhece? Ele é completamente descontrolado! Dumbledore jamais seria descontrolado. Ai, como eu sinto falta do Richard Harris. Ele sim foi um Dumbledore perfeito. Mas, infelizmente, teve que ir embora antes de terminar seu trabalho como o nosso querido Albus. O Gambon poderia ao menos ter se dado ao trabalho de ler os livros...

De qualquer forma, como já disse, estou a esperar a estreia da adaptação do penúltimo livro da J.K. Rowling. E, apesar das cenas alteradas, incluídas e excluídas, é com grande expectativa que o faço! Como as sessões do dia 15 estão esgotadas, espero ver dia 16. Então, se tudo der certo, no máximo dia 17 comento aqui o que achei, afinal, do filme.

Enquanto isso... Trailers!




Fala a verdade, dá uma vontade louca de assistir, não dá? *-*

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Amigo. Amor. Amigo.


*Música que o Michael canta: The Way You Look Tonight - [minha versão preferida] Tony Bennett

- Oi, Lia.
- Oi! Lembrei de ti, e queria dizer que te amo.
- Eu também te amo, minha Li. Onde tu estás?
- To aqui no Japonês. Tu precisavas provar essa Gioza! Tá demais!
- Hahaha. Quando eu voltar, a gente vai aí e eu provo.
- É. A gente vem. Hum, chegaram meus niguiris. Te ligo depois, tá? Beijo.
- Tá bom. Quando ligares, eu te conto um negócio. Beijo.
- Como assim? Conta o que? Conta logo.
- Hahahahaha. Calma, Li. Te conto depois. Come teu niguiri de camarão em paz.
- Hum... tá... To com saudade. Tchau...
- Eu também, minha Li. Tchau.

Ele não sabia, mas ela realmente o amava. Na verdade, nem ela sabia, até que ele foi embora. A distância mostrou pra ela. Ela o amava. Mais do que ele imaginava. Mais do que ela queria. Era amor de verdade. A amizade que eles reconheceram um no outro já havia passado pra outro nível, dentro dela. Mas ela sabia que era só ali. Dentro dela, e não dele.

Como ela não percebeu isso antes? Ele era incrível! Por que ela perdeu tanto tempo procurando tão longe, quando ele estava tão perto? Sempre ali. Ouvindo as histórias de todas as suas tentativas de amor, enquanto o amor puro e simples estava ali do lado. Um amor fácil. Não daqueles que perdem a graça. Esse nunca perde a graça. é Amor mesmo.

Mas agora ele estava longe. Agora não era fácil. Por que ela sempre queria o impossível?!

- Então... Eu to namorando.
- Que?! Quem?! Como assim, namorando?! Eu nem sabia que existia uma possível namorada! Quem é ela??
- Tenta ser razoável, Li. Deixa de ser ciumenta-desesperada. Ela é legal. Tenho certeza que vais gostar dela.
- Como eu vou gostar dela? Como diabos eu vou conhecer essa menina??
- Ela vai comigo, semana que vem.
- Ela vem pra cá?! Claro...
- Vai, Lia... Tu sempre disseste que a menina que eu namorasse seria uma garota de sorte, que, no mínimo, me mereceria muito. O que aconteceu? Mudou de ideia?
- Não... Ela deve... Acho bom que ela mereça, mesmo.

É isso. Agora não tinha mais jeito. Ele já não mais pertencia a ela. Era dela. Morava perto dela. Mas tudo bem. Não tinha problema. Ela o amava, era verdade. Mas sabia que a amizade era mais importante que qualquer coisa. Então ela percebeu que poderia suportar tudo. Menos perdê-lo. Não ele. Seu amor. Seu amigo. E esse ela jamais perderia.


* * * * *


UPDATE
Eu preciso que vocês ouçam essa música, com esse texto.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um dia bem anos 90


Hoje, eu não quero ter 22 anos. Será que posso ter 12, de novo? Não quero trabalhar. Não quero Faculdade. Nem responsabilidade. Quero ir pra natação, de manhã. Ver Cavalo de Fogo, quando voltar. Ursinhos Carinhosos e Smurfs. Quero batata frita, no almoço, meio dia em ponto. Assistindo Chaves. Episódio de Acapulco, por favor, sim?

Depois quero ir pro colégio. Quero aula de ciências. Cabeça, tronco e membros. E Ciências Sociais! São 26 estados e um Distrito Federal? Ou são 27 e o Distrito? Ih, preciso de um mapa do Brasil, urgente!

Quero recreio! Um hot, da Red Hot, completo e uma Fanta Uva. Tem "molho verde"? Me dá mais maionese, por favor? Olhar os gatinhos da sétima série. Quero um pirulito de coração. Não, quero dois. "Champagnat, é a simplicidade o amor e a família". Droga, a campa. Acabou o recreio. Mas também quero ouvir a campa.

Quero aula de Redação. "Pégalhiti", ditado! Fácil. Putz, esqueci de responder as questões de Educação Religiosa. Será que a Dani fez? Pega! É claro que ela fez. Eu quero isso. Bate, campa. Bate... Bateu! Quero ir pra casa.

Ahh, quero Doug. Como era o nome do cachorro dele? Acho q era Costelinha. Hahaha, genial. Tchuru Tchuru Tchuru Tchuru Tchurutchu! Quero ver Uma Escola Atrapalhada - em VHS -, antes que comece Maria do Bairro. Quero pão, dois hamburgueres, queijo, tomate e alface. E maionese. Muita maionese. Será que ainda dá tempo de ver Super Xuxa contra o Baixo-Astral? Dá. Dá, sim. Amanhã nem tem natação... Hum... Então vou ver Sonho de Verão, também!

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O final de Uma Escola Atrapalhada. (L)


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PS: Eu sinto falta de quase todos os desenhos da foto lá de cima. Bons tempos. Hoje eu vejo Avatar. :D